segunda-feira, 24 de março de 2014

Henrique Ramos: «Sensação incrível»

Henrique Ramos: «Sensação incrível»

VICE-CAMPEÃO DA EUROPA DE KARATÉ


Quando tinha oito anos, o pai levou-o a uma aula de karaté. Não gostou. Dez anos se passaram e hoje Henrique Ramos é vice-campeão da Europa sub-21 em kumité +78kg, medalha de prata conquistada no último fim de semana, em Lisboa. E o pai ainda é o seu mestre.

“Depois percebi aquilo que o karaté me dava, tanto física como psicologicamente. Dá-me muita calma e muita certeza naquilo que faço”, sublinha o karateca, de 18 anos.

Nos recentes Europeus de cadetes, juniores e sub-21, a comitiva nacional atuou em casa com o objetivo de conseguir o ouro que falta a Portugal. Henrique “apenas” chegou à prata, mas garante que a “sensação é incrível”, até porque é o seu primeiro ano a competir como sub-21. “É um misto de orgulho e desilusão, mas fica a vontade de no futuro conseguir alcançar o ouro”, garante o atleta que se estreou em finais internacionais, depois de em 2012 ter sido bronze ainda como júnior.

Combater em casa também ajudou. “Foi fantástico. O facto de termos o nosso público a vibrar e as bancadas tão perto do tatami foi muito emocionante. Senti-me bem, estar em casa deu-me mais força”, conta o jovem portuense.

Desporto no futuro
A estudar no 11.º ano, Henrique Ramos diz que é “difícil conciliar” os testes e as aulas com a competição. “Há professores mais compreensivos do que outros”, diz. Quando chegar a hora de entrar na universidade, o karateca quer continuar ligado à sua grande paixão: “Vou seguir a área do desporto, porque é sem dúvida daquilo que mais gosto. É o ideal para mim.”

Quanto à competição, o grande objetivo passa pelos Europeus e Mundiais do próximo ano, em que poderá surgir, quem sabe, o desejado ouro.

Projeto que está a dar frutos
O selecionador nacional, Joaquim Gonçalves, ressalva a importância do projeto internacional da Federação Nacional de Karaté para o sucesso das seleções nacionais jovens que, desde 2008, já conquistaram 16 medalhas em Europeus. “Primeiro identificámos as bases metodológicas que estavam a ser utilizadas internacionalmente e estimulámos nas diferentes regiões os clubes a desenvolverem essas bases”, conta o técnico que salienta também a “organização administrativa” como essencial para Portugal se aproximar das congéneres europeias.

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